Investing.com - O dólar permanecia pouco alterado frente a uma cesta de outras importantes moedas nesta segunda-feira, ficando acima da mínima de seis meses e meio da semana passada com mercados minimizando o último teste balístico da Coreia do Norte.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, permanecia quase inalterado em 97,30 às 07h21 (horário de Brasília), acima da mínima atingida na semana passada de 96,79, o nível mais baixo do índice desde 9 de novembro.
Os volumes de negociações permaneciam leves nesta segunda-feira com mercados financeiros no Reino Unido e nos EUA devido a feriados.
Investidores aguardam o relatório de empregos dos EUA na próxima sexta-feira, que deve mostrar que as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas.
Um forte relatório de empregos nos EUA consolidaria expectativas de um aumento dos juros pelo Federal Reserve em sua próxima reunião em junho.
Dados nesta sexta-feira mostraram que a economia norte-americana desacelerou menos do que se pensava inicialmente nos três primeiros meses do ano. O PIB cresceu em taxa anual de 1,2% nos três meses até março, afirmou o Departamento de Comércio, um aumento a partir da estimativa inicial de 0,7%.
Foi ainda o crescimento mais fraco desde o primeiro trimestre de 2016, mas economistas acreditam que o crescimento deva se recuperar com força no trimestre atual.
O dólar permanecia estável frente ao iene, considerado porto seguro, com o par USD/JPY cotado a 111,33.
O iene apresentava pouca reação após a Coreia do Norte disparar o que parecia ser um míssil de curto alcance no início desta segunda-feira.
Investidores permaneciam cautelosos em meio a preocupações políticas contínuas envolvendo a administração Trump.
O presidente Donald Trump atacou a imprensa e tratou os vazamentos da Casa Branca como "fake news" neste domingo, na sequência de relatos de que Jared Kushner, seu genro e assessor sênior, tentou estabelecer um canal secreto de comunicação com a Rússia antes de Trump assumir o cargo.
O euro estava quase inalterado, com o par EUR/USD cotado a 1,1183 após atingir, na semana passada, 1,1267, máxima de seis meses e meio.
Sinais recentes de força na economia da zona do euro junto com menores riscos políticos alimentaram as especulações de que o Banco Central Europeu possa diminuir seu programa massivo de estímulo monetário.
Mario Draghi, presidente do BCE, deve fazer um discurso no Parlamento Europeu em Bruxelas nesta segunda-feira.
Enquanto isso, a libra subia, com o par GBP/USD avançando 0,34% para 1,2843, recuperando-se da mínima de três semanas de 1,2774, atingida na sexta-feira.
A libra perdeu força após uma pesquisa mostrar que o Partido Trabalhista tinha diminuído a margem de liderança do Partido Conservador antes das próximas eleições, acrescentando riscos políticos envolvendo o Brexit.
Investidores estão confiantes de que a primeira-ministra Theresa May possa assegurar uma grande vitória na eleição, o que a tornaria mais forte nas negociações para o Brexit e permitiria a ela ignorar parlamentares tentando impor um Brexit considerado duro.