Investing.com - A cotação do petróleo passou a cair nesta quarta-feira após sofrer nova pressão de vendas devido a dados mostrando que a produção de petróleo dos EUA ultrapassou a marca de 10 milhões de barris por dia na semana passada.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que a produção de petróleo dos EUA teve alta de 3,3% e chegou à máxima histórica de 10,25 milhões de barris por dia, próxima de níveis da Rússia e da Arábia Saudita, principais produtores.
O relatório também mostrou que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram aumento de 1,9 milhão de barris na semana encerrada em 2 de fevereiro. Isso se compara às expectativas dos analistas de que os estoques de petróleo bruto tivessem aumento de 3,1 milhões de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira uma diminuição de 1,1 milhão de barris no abastecimento.
O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 711.000 barris na última semana, informou a EIA.
O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 420,3 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar na metade da faixa média para esta altura do ano.
Além disso, estoques de gasolina tiveram aumento de 3,4 milhões de barris, em comparação a expectativas de aumento de 0,4 milhão de barris. No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou um aumento de 3,9 milhões de barris.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate tinham perdas de US$ 0,62, ou cerca de 1%, com o barril negociado a US$ 62,77 às 13h35. A cotação estava em torno de US$ 63,69 antes da divulgação dos dados dos estoques.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuavam US$ 0,27, ou cerca de 0,4%, para US$ 66,60 o barril.
O petróleo fechou em baixa pela terceira sessão seguida na terça-feira sentindo o peso da debandada recente nas bolsas de valores enquanto investidores colocavam na balança aumento constante na produção norte-americana e os esforços em curso da Opep para retirar o excesso de oferta do mercado.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuavam 1,2% para US$ 1,799 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha queda de 0,9% e era negociado a US$ 1,966 o galão.
Contratos futuros de gás natural recuavam 2,1%, para US$ 2,697 por milhão de unidades térmicas britânicas.