Investing.com - Preços do petróleo registravam forte quedas nas negociações da América do Norte nesta quinta-feira, ampliando as perdas ocorridas durante a noite para o nível mais fraco em cerca de um mês em meio a temores de que a crescente recuperação na produção de xisto dos EUA possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta global.
O contrato com vencimento em junho do petróleo WTI caiu para a mínima da sessão de US$ 48,68 o barril, nível não visto desde 29 de março. Estava cotado a US$ 48,63 às 09h05 (horário de Brasília), uma queda de US$ 0,99 ou cerca de 2%.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em junho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdiam US$ 1,06 e o barril era negociado a US$ 51,34 após ter chegado mais cedo a US$ 51,26, seu nível mais baixo desde 28 de março.
A Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 3,6 milhões de barris na semana que se encerrou em 21 de abril, uma diminuição menor do que o esperado.
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram aumento de 3,4 milhões de barris, frustrando expectativas de redução de 1,0 milhão de barris, já que as refinarias continuam a produzir mais combustível do que o mercado pode consumir.
Enquanto isso, a produção de petróleo bruto nos EUA continua a subir incansavelmente e está agora 10% maior em comparação com a metade de 2016, chegando a 9,27 milhões de barris por dia, nível comparável ao pico do excesso de petróleo entre o fim de 2014 e o início de 2016.
O aumento na produção dos EUA ofuscou os cortes prometidos por outros produtores.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre janeiro e junho, mas a ação teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
A decisão final se o pacto será ou não estendido para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em junho perdiam US$ 0,028, cerca de 1,8%, chegando a custar US$ 1,555 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em junho caíam US$ 0,032 e eram negociados por US$ 1,510 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em maio recuavam US$ 0,041 para US$ 3,230 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques, previsto para o final do dia.