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Produção de etanol no centro-sul do Brasil deve crescer 5% em 18/19, prevê FCStone

Publicado 09.11.2017, 12:35
Atualizado 09.11.2017, 12:35
© Reuters. Trator carrega cana-de-açúcar em propriedade em Ribeirão Preto, Brasil

© Reuters. Trator carrega cana-de-açúcar em propriedade em Ribeirão Preto, Brasil

Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - Atentas à maior competitividade do etanol, as usinas do centro-sul do Brasil deverão destinar maior parcela de cana para a produção do biocombustível na safra 2018/19, resultando em queda na fabricação de açúcar, projetou nesta quinta-feira a INTL FCStone, que divulgou sua primeira estimativa para o próximo ciclo durante evento em São Paulo.

Conforme a consultoria, a produção total de etanol deverá aumentar 5,1 por cento na temporada que se inicia em abril do ano que vem, para 26,1 bilhões de litros, sendo 10,7 bilhões de litros de anidro (alta de 0,1 por cento) e 15,4 bilhões de litros de hidratado, usado nos veículos flex (incremento de 8,9 por cento).

Com efeito, a expansão na produção de etanol será puxada pelo hidratado, uma vez que o concorrente direto da gasolina passou a ser mais atrativo que o derivado de petróleo a partir de agosto, na esteira da nova sistemática de formação de preços Petrobras (SA:PETR4), atrelada ao mercado internacional.

"A decisão do consumidor ainda deve pender para o etanol. O consumo de hidratado, que se aproximou e passou o do ano passado a partir da segunda quinzena de agosto, deve continuar acima (em 2018)", comentou o consultor-chefe de açúcar e etanol da INTL FCStone, Bruno Lima.

"Por enquanto, acreditamos na manutenção da política de preços da Petrobras... Seria uma perda de credibilidade muito grande se virmos alguma alteração nisso", acrescentou, lembrando que o próximo ano é de eleição presidencial.

As projeções da INTL FCStone para produção de etanol levam em consideração um mix de 56 por cento da oferta de cana para a fabricação do biocombustível, maior ante o de 53,4 por cento esperado para o atual ciclo 2017/18.

Na direção contrária, o mix de produção de açúcar deverá cair para 44 por cento, de 46,6 por cento na temporada vigente.

Isso levaria a produção do adoçante do centro-sul, principal região produtora do maior exportador global, a diminuir 5,5 por cento na próxima safra, para 33,3 milhões de toneladas, estimou a INTL FCStone.

Entre as grandes empresas do setor de açúcar e etanol do Brasil estão a Raízen, joint venture da Cosan (SA:CSAN3) com a Shell, a Biosev (SA:BSEV3) e a São Martinho (SA:SMTO3).

MOAGEM

As usinas e destilarias do centro-sul do Brasil deverão processar 587,5 milhões de toneladas de cana na temporada 2018/19, alta de 0,6 por cento na comparação com as 583,8 milhões de toneladas consideradas para 2017/18, número este que também foi revisado nesta quinta-feira pela consultoria.

Conforme a INTL FCStone, a alta é resultado de melhores tratos culturas, com ligeiro aumento de produtividade, embora condições climáticas adversas neste ano impeçam um ganho maior de processamento.

"O TCH (toneladas de cana por hectare) deve ter um ligeiro aumento, em função dos tratos, mas anulado pela questão climática", disse Lima, comentando que apenas para este mês a previsão é de chuvas 1,6 por cento abaixo da média de 10 anos e 5,8 por cento inferior frente as precipitações observadas em igual mês do ano passado.

Segundo a consultoria, a produtividade agrícola em 2018/19 deve ser de 74,9 toneladadas de cana por hectare, ante 74,7 t/ha neste ano. O nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) deve cair 0,5 por cento, para 135,4 kg por tonelada de cana moída.

MUNDO

A INTL FCStone também elevou sua projeção para o superávit global de açúcar na safra 2017/18, iniciada em outubro, para 2,8 milhões de toneladas, de excedente de 2,6 milhões de toneladas esperado em setembro.

Trata-se do primeiro superávit após dois ciclos de déficit.

© Reuters. Trator carrega cana-de-açúcar em propriedade em Ribeirão Preto, Brasil

Conforme Lima, apesar da queda de produção esperada para o Brasil, o superávit foi elevado graças a produções maiores em países como Índia e Paquistão, além de União Europeia (UE), que deixou de seguir o regime de cotas de produção.

A perspectiva de maior oferta no futuro, com consequente pressão sobre os preços na Bolsa de Nova York, tem levado as usinas brasileira a fixarem menos vendas neste ano.

Segundo a INTL FCStone, até este mês as usinas do centro-sul do Brasil haviam fixado 17,9 por cento da exportação prevista para a safra 2018/19, queda de 10,6 pontos percentuais ante a fixação de 28,5 por cento observada há um ano para o ciclo 2017/18.

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