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Futuros dos EUA estáveis esperando PIB, dados comerciais e fala de Trump

Publicado 28.02.2017, 08:55
Atualizado 28.02.2017, 08:55
© Reuters.  Futuros de Wall Street indicam abertura estável com foco na economia norte-americana

© Reuters. Futuros de Wall Street indicam abertura estável com foco na economia norte-americana

Investing.com - Futuros de Wall Street indicavam uma abertura em leve queda na terça-feira, uma vez que investidores aguardavam desde dados econômicos a dados de confiança do consumidor e voltavam suas atenções para o primeiro discurso do presidente norte-americano Donald Trump em sessão conjunta do Congresso.

O blue chip futuros do Dow oscilou 5 pontos, ou 0,03%, às 6h50 em horário local (8h50 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 caíram 1 ponto, ou 0,03%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 perdeu 1 ponto ou 0,02%.

Trump fará um discurso importante no Congresso às 21h em horário local (23h em horário de Brasília) na terça-feira e os investidores esperam que ele deixe esclareça suas promessas de reforma tributária e gastos com infraestrutura.

Agentes do mercado estão ansiosos para saber mais dos planos de Trump para anular a Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente e reduzir regulamentações em negócios.

Responsáveis pelo orçamento da Casa Branca disseram a repórteres na segunda-feira que, em seu primeiro orçamento, Trump solicitará um aumento de US$ 54 bilhões nos gastos com defesa e um corte correspondente em programas que sua administração julga ter menor prioridade.

Em uma entrevista na manhã de terça-feira, Trump declarou à Fox News que os EUA poderia receber mais produtos de defesa para seu arsenal e que ele acreditava que parte do dinheiro do aumento de US$ 54 bilhões viria de uma “economia acelerada”.

Com relação ao discurso no Congresso, economistas do ING declararam que “o diabo reside nos detalhes, mas a confirmação de que estímulos aos gastos estão a caminho neste orçamento pode ser suficiente para reabastecer as esperanças de recuperação”.

Estes economistas esboçaram possíveis observações de Trump que poderiam aumentar as chances de aumento da taxa de juros do Federal Reserve em março. Entre elas, eles mencionaram números preliminares de redução em impostos sobre rendimentos de empresas em torno de 20%, a política de gastos com infraestrutura incluída no orçamento 2017/2018 ou ainda que ele trace políticas verossímeis de geração de receita.

De acordo com estes especialistas, os riscos negativos da apresentação residem no fato de que “investidores irão conferir a neutralidade orçamental das promessas de Trump, ao passo que retórica protecionista forte não será bem recebida”.

Participantes do mercado também aguardarão dados fora dos EUA. Os EUA divulgarão sua segunda estimativa do produto interno bruto (PIB) do quarto trimestre às 10h30m em horário de Brasília, junto com dados comerciais de janeiro.

Mais tarde na sessão, o Conference Board também divulgará seu índice de confiança do consumidor de fevereiro, enquanto investidores estarão assimilando levantamentos do setor industrial do Fed de Chicago e de Richmond.

Há também algumas declarações do Fed na terça-feira. O presidente do Fed de Dallas, Rob Kaplan, estará no programa “Squawk Box” da CNBC às 7h30 em horário local (9h30 em horário de Brasília). O presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, fará um discurso às 15h em horário local (17h em horário de Brasília) sobre a perspectiva econômica, ao passo que o presidente do Fed de São Francisco, John Williams, discursa às 15h30 em horário local, (17h30 em horário de Brasília).

Investidores criaram expectativas de um ritmo mais acelerado do aumento da taxa de juros dos EUA após Kaplan, que é um membro votante no comitê de definição de taxas do banco central este ano, repetir na segunda-feira sua visão de que seria prudente para o banco central norte-americano elevar as taxas de juros o mais depressa possível.

Os futuros do Fundo Federal apontam chance de 33% de alta da taxa de juros em março, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. As chances de um aumento em maio são vistas em 53% enquanto as apostas para junho estão em 73%.

Sobre resultados, a Target (NYSE:TGT) caiu mais de 10% nas negociações antes do pregão de terça-feira, já que a segunda maior varejista norte-americana falhou em suas previsões de objetivos e resultados enquanto afirmava estimar ganhos de U$ 3,80 a US$ 4,20 por ação neste ano fiscal, em comparação às expectativas de consenso de US$ 5,37.

Enquanto isso, preços do petróleo registraram leve queda nesta terça-feira, uma vez que agentes do mercado continuam a avaliar o futuro dos cortes de produção feitos pelos países que são os maiores produtores de petróleo bruto frente a um aumento da extração nos EUA.

Investidores também estão aguardando um levantamento dos estoques de petróleo bruto nos EUA que o Instituto Americano de Petróleo deve divulgar nesta terça-feira.

Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíram 0,26%, atingindo US$ 53,91 às 6h54 em horário local (8h54 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent perdeu 0,28%, com o barril negociado a US$ 56,26.

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