(Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira que a campanha eleitoral entra na semana decisiva antes da votação de domingo e manifestou confiança em uma virada que o leve ao segundo turno da disputa no final do mês.
Alckmin, que disputa com Ciro Gomes (PDT) a terceira posição nas pesquisas de intenção de voto, mas distante do líder, Jair Bolsonaro (PSL), e do vice-líder, Fernando Haddad (PT), a quem o tucano classifica de "radicais".
"Essa última semana agora é a decisiva. Os indicadores todos são de crescimento da nossa campanha. Estamos animados, viradas ocorrem agora nos últimos dias", disse Alckmin a jornalistas em Campinas (SP).
"Vinte e três por cento do eleitorado ainda não decidiu e mesmo aquele que têm intenção de voto, ainda não é um voto definitivo", acrescentou o tucano.
Alckmin tem batido na tecla de que é a melhor alternativa tanto para Bolsonaro --a quem chama de radical de direita-- quanto a Haddad --que ele classifica como radical de esquerda.
"Nós não podemos ir para os radicalismos. Isso só pode agravar o desemprego, dificultar a retomada da atividade econômica. A política precisa ser feita não com violência, mas com entendimento, com aprovação de projetos importantes, com reformas", disse.
"O Brasil só vai sair da crise com isso e com o sentimento de urgência e rapidez para não agravar a questão fiscal. Nossa mensagem é de esperança e confiança. Metade do eleitorado brasileiro não quer nem o radical de direita e nem o de esquerda."
O tucano comemorou a pesquisa BTG/FSB, que apontou crescimento de 3 pontos percentuais de sua candidatura, e disse que, se manter a tendência apontada pelo levantamento, terá o nome na urna eletrônica no dia 28 de outubro.
"É crescer mais um pouco para chegar no segundo turno", disse. "A eleição está em aberto, e a definição é no final", avaliou.
(Por Eduardo Simões)