Investing.com - Em meio ao recesso parlamentar, a visão de aliados do governo é que as negociações para a aprovação da Reforma da Previdência perderam força nas últimas semanas. De acordo com a colunista do Estado de S. Paulo, Vera Magalhães, o motivo seriam as trabalhadas políticas do governo nas últimas semanas.
O primeiro ponto de desgaste foi a declaração do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, no sentido de que a liberação de recursos e financiamentos aos estados estaria condicionada ao apoio dos governadores à reforma. A fala de Marun causou revolta principalmente entre os governadores do Nordeste.
Além disso, a dificuldade de substituição no Ministério do Trabalho foi aponta como obstáculo adicional – e desnecessário – para o fechamento dos 308 votos necessários para votar a reforma na Câmara.
Outra questão é que a equipe econômica e o governo estão resistindo a conceder mudanças no texto da proposta que será votada na Câmara no dia 19 de janeiro. A visão é que qualquer alteração pode fazer com que a redução de gastos seja muito abaixo da esperada.
A colunista aponta que está engavetada a ideia de estender o período pelo qual servidores que ingressaram até 2003 pudessem manter por mais tempo a integralidade da aposentadoria e a paridade com funcionários da ativa.
Com isso, a ordem no Planalto é refazer os cálculos diariamente a partir desta semana e chegar ao início de fevereiro com uma avaliação sobre se será possível manter a votação para o dia 19.