BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, recebeu nesta terça-feira a versão final do relatório sobre o projeto de reoneração da folha de pagamentos, mas o Congresso ainda não tem data para votar o texto e lideranças de partidos ainda podem revisar quais setores manterão o benefício, disse nesta terça-feira o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
"Entreguei a última versão do relatório para o ministro e estamos prontos mais que nunca para votar essa matéria", disse o parlamentar, que faz oposição ao governo.
O projeto retoma a cobrança da contribuição patronal das empresas sobre a folha de pagamento, em vez da cobrança de uma alíquota sobre o faturamento, e é listado desde o ano passado pelo governo como importante medida de ajuste fiscal e eliminação de subsídios na economia.
Guardia tem interesse que o projeto seja pautado em breve e vai procurar o palácio do Planalto e articuladores políticos do governo para "organizar o calendário", segundo relato de Silva a jornalistas após a reunião.
A versão final do relatório de Silva prevê manter a desoneração para cerca de 20 setores da economia, a um custo anual de cerca de 5 bilhões de reais, metade do inicialmente estimado pelo governo. O projeto encontra resistência no Congresso e foi retirado da programação financeira do governo para este ano.
(Por Mateus Maia)