Money Times - A Capital Economics revisou para baixo as suas estimativas para a economia brasileira (de 3% para 2,3%) e chamou a atenção para as decisões do Congresso na contramão das recentes reformas econômicas do país, destaca a consultoria em um relatório enviado a clientes.
O economista sênior para mercados emergentes William Jackson ressalta que mesmo com um candidato favorável ao mercado vencedor nas eleições presidenciais de outubro, parece cada vez mais provável que o Congresso irá recuar sobre as reformas fiscais.
“O campo eleitoral continua aberto, por isso é difícil dizer qualquer coisa concreta nesta fase. Geraldo Alckmin é um favorito dos investidores, mas está fraco nas pesquisas. Enquanto isso, Paulo Guedes, assessor econômico de Jair Bolsonaro(que lidera as pesquisas), falou nas últimas semanas sobre as reformas favoráveis aos investidores. Mas há dúvidas de que Bolsonaro esteja comprometido com essas políticas e se elas conseguirão passar pelo Congresso”, avalia.
Jackson pontua que a aprovação da LDO ( Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2019 no último dia 12 (LDO), em que foi retirado do texto o dispositivo que proibia a concessão de reajustes ao funcionalismo e a criação de cargos no serviço público federal, mostra a pouca vontade dos deputados em seguir firme com o ajuste fiscal. A baixa probabilidade de privatização da Eletrobras (SA:ELET3) este ano também reforça esta ideia.
“O resultado é que, mesmo se a eleição resultar em um governo reformista, a legislatura pode ser um obstáculo”, conclui o economista.
Por Money Times