Por John Whitesides
WASHINGTON (Reuters) - Democratas aproveitaram uma onda de insatisfação com o presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, para conquistar o controle da Câmara dos Deputados, ganhando a oportunidade de bloquear a agenda de Trump e colocar o governo federal sob intensa fiscalização.
Nas eleições parlamentares de terça-feira, dois anos depois de chegar à Casa Branca, Trump e seus colegas republicanos ampliaram sua maioria no Senado, após uma campanha divisória marcada por fortes embates sobre raça, imigração e outras questões culturais.
Entretanto, a perda da maioria na Câmara dos Deputados representou um amargo revés para o presidente, após uma campanha que se tornou uma espécie de referendo sobre sua liderança.
Com algumas disputas ainda não decididas, os democratas parecem a caminho de ampliar sua bancada em mais de 30 assentos, muito além dos 23 que precisavam para estabelecer sua primeira maioria na Casa de 435 membros em oito anos.
A nova Câmara dos Deputados terá a habilidade de investigar as declarações fiscais de Trump, possíveis conflitos empresariais de interesse e alegações envolvendo a campanha do presidente em 2016 e a Rússia.