CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Um dos principais candidatos da oposição à Presidência do México na eleição de julho negou, no domingo, as acusações de corrupção feitas contra ele, e acusou o governo de tentar manchar sua campanha, que ocupa a segunda posição na maioria das pesquisas.
Ricardo Anaya, candidato de uma coalizão de esquerda e direita, enviou uma carta à Procuradoria-Geral negando as acusações feitas por rivais, segundo as quais ele se beneficiou de negócios imobiliários ilícitos em Querétaro, seu Estado de origem localizado no centro do México.
No cerne da disputa está a compra e a venda de propriedades em um parque industrial de Querétaro entre 2014 e 2016. Anaya disse que os acordos foram completamente legítimos, explicando as várias transações em um vídeo publicado nas redes sociais.
"Tudo que fiz foi legal, e acima de tudo 100 por cento transparente", disse Anaya no vídeo.
Na quarta-feira, a Procuradoria-Geral emitiu um comunicado curto dizendo que uma queixa fora apresentada por uma parte não identificada, em outubro, tratando de operações suspeitas com fundos ilícitos, dando ensejo a uma investigação.
O comunicado não detalhou quem está envolvido, mas Anaya disse que a investigação visou seu contrato de propriedade e é uma tentativa de danificar sua reputação e ajudar o candidato do governista Partido Revolucionário Institucional (PRI).
O presidenciável do PRI é o ex-ministro das Finanças José Antonio Meade, mas sua campanha está custando a decolar. Pesquisas recentes o mostraram perdendo terreno para Anaya e para o favorito de esquerda Andrés Manuel López Obrador, que lidera as pesquisas.