BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, classificou de "falacioso" o argumento do relator do processo da chapa Dilma-Temer, Herman Benjamin, de que o juiz que instrui a ação poderá requisitar quaisquer documentos e testemunhas referentes ao caso.
Segundo Mendes, se considerar o argumento de Benjamin de que o juiz instrutor tem plenos poderes para fazer a instrução processo, terá de se manter a ação aberta para incluir na processo do TSE as delações de empresários da JBS (SA:JBSS3) e, futuramente, possível delação do ex-ministro Antonio Palocci.
O relator do processo, contudo, rebateu o presidente do TSE. Disse ter se limitado, na instrução do processo, aos limites fixados na petição inicial da ação movida pelo PSDB. "Seria um argumento falacioso se eu não tivesse me atido a esses parâmetros", destacou.
As defesas do presidente Michel Temer e da ex-presidente Dilma Rousseff defendem a anulação das delações da Odebrecht por ampliarem o escopo inicial do processo do TSE. Se isso ocorrer, a acusação de que ambos cometeram abuso de poder político e econômico seria enfraquecida.
(Reportagem de Ricardo Brito)