SÃO PAULO (Reuters) - A Justiça Federal do Distrito Federal aceitou nesta quarta-feira denúncia contra os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) por suspeitas de irregularidades envolvendo a Caixa Econômica Federal.
Com a decisão, do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal, Cunha, o ex-ministro Alves e outras três pessoas tornaram-se réus em ação penal que apura as supostas irregularidades no banco estatal, informou a assessoria de imprensa da Justiça Federal do Distrito Federal.
Tanto Cunha quanto Alves já tiveram seus nomes citados na operação Lava Jato, que investiga um bilionário esquema de corrupção na Petrobras (SA:PETR4).
Cunha, que teve o mandato parlamentar cassado em setembro, está preso em Curitiba, onde se concentram os processos da Lava Jato em primeira instância, acusado de ser um risco às investigações da operação.
Ele já é réu em outras duas ações penais, ambas ligadas à Lava Jato, uma que tramita em Curitiba e outra que corre no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, sediado no Rio de Janeiro.
Homem próximo do presidente Michel Temer, também do PMDB, Alves foi ministro do Turismo da ex-presidente Dilma Rousseff e voltou a ocupar o cargo no governo Temer, pedindo demissão do posto em meio à citação de seu nome por um delator da Lava Jato.
As defesas dos dois ex-presidentes da Câmara não foram encontradas para comentar a aceitação da denúncia.
(Por Eduardo Simões)