Por Bozorgmehr Sharafedin
LONDRES (Reuters) - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou os inimigos do país nesta terça-feira de provocar instabilidade, à medida que o número de mortos em protestos contra o governo iniciados na semana passada chega a 21.
Na noite de segunda-feira, nove iranianos morreram na província de Isfahan, incluindo dois membros das forças de segurança, relatou a TV estatal.
Seis manifestantes morreram durante um ataque contra uma estação de polícia na cidade de Qahderijan. O governador do distrito de Falavarjan disse que os manifestantes estavam armados.
O vice-governador da província de Teerã disse que a polícia prendeu mais de 450 manifestantes na capital durante os últimos três dias, enquanto forças de segurança lutam para conter o maior desafio à liderança do país desde 2009.
Em sua primeira reação aos protestos, Khamenei disse: "Nos últimos dias, inimigos do Irã usaram diferentes ferramentas, incluindo dinheiro, armas, política e aparatos de inteligência para criar problemas para República Islâmica."
Khamenei disse em seu site que irá se pronunciar sobre os eventos recentes "no momento certo".
Ele não identificou nenhum inimigo, mas o secretário do Supremo Conselho Nacional de Segurança, Ali Shamkhani, disse que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Arábia Saudita estavam por trás das recentes revoltas no Irã.
"Sauditas receberão a resposta inesperada do Irã e eles sabem o quão sério pode ser", disse Shamkhani, segundo a agência de notícias Tasnim, conforme entrevista à TV Al Mayadeen.