RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que não pretende retirar a reforma da Previdência da pauta da Casa antes do dia 20 de fevereiro, para quando está prevista a votação da matéria pelos deputados, mas deixou em aberto a possibilidade de retirada após essa data.
“Antes do dia 20 de fevereiro, não há da minha parte nenhum posicionamento para tirar a reforma da Previdência da pauta da Câmara", disse Maia em nota divulgada por sua assessoria.
"Hoje tenho uma reunião com governadores para discutir a Previdência e outros temas. E esta semana, com a chegada dos deputados, vamos ouvir um a um para ver, de fato, quantos votos temos para a votação desta matéria”, acrescentou.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira, Maia pretende retirar da pauta a votação da reforma da Previdência diante da previsão de que o governo não conseguirá os votos necessários para aprovar o projeto, e planeja transferir a responsabilidade pelo fracasso ao Palácio do Planalto.
Segundo a Folha, Maia teria ficado irritado com as recentes declarações do presidente Michel Temer afirmando ter feito sua parte sobre a Previdência.
Maia não deve agendar nova data para votação da matéria caso não haja o apoio necessário para aprovar a Previdência em 20 de fevereiro, de acordo com o jornal, e pretende anunciar que o texto ficará como "legado" para ser votado em 2019 pelo próximo presidente da República.
(Por Pedro Fonseca)