RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência ainda não tem o número de votos necessários para ser aprovada na Câmara dos Deputados, reconheceu nesta quinta-feira o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que afirmou que, sem a reforma, o Brasil ficará "completamente inviável".
Em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro, Marun disse ainda que a reforma é "inadiável" e que o teto para o crescimento dos gastos públicos, colocado na Constituição durante o governo do presidente Michel Temer, não sobrevive sem a reforma da Previdência.
Por ser uma PEC, a reforma precisa do voto de pelo menos 308 dos 513 deputados para ser aprovada, em dois turnos de votação, antes de seguir para o Senado.
Na terça-feira, Marun disse a jornalistas que o governo tem garantido "cerca de 270" votos. A votação da reforma está marcada para a semana de 19 de fevereiro.
(Reportagem de Maria Clara Pestre)