LIMA (Reuters) - O novo presidente do Peru, Martín Vizcarra, praticamente reafirmou que o país irá banir o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de participar de uma cúpula regional que será realizada em Lima no próximo mês, dizendo que a questão será decidida por diplomatas graduados.
Vizcarra, que era vice-presidente do Peru, se tornou presidente repentinamente na última semana após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski em meio a crescentes alegações de corrupção.
Ex-banqueiro de Wall Street que já teve cidadania norte-americana, Kuczynski era um dos críticos mais expressivos de Maduro, o considerando um "ditador" e o proibindo de participar da Cúpula das Américas, que será realizada no Peru entre os dias 13 e 14 de abril.
Maduro disse que comparecerá à cúpula de qualquer maneira, e seus partidários comemoraram a queda de Kuczynski com fogos de artifício na semana passada.
Entretanto, Vizcarra se recusou a participar da disputa à medida que se concentra em construir apoio no Peru prometendo direcionar a atenção do governo a problemas internos que foram negligenciados enquanto Kuczynski lutava para se manter no poder.
Após retornar de uma região costeira ainda sofrendo consequencias de severas enchentes no ano passado, Vizcarra foi perguntado em coletiva de imprensa o que pensa sobre Maduro ser banido da cúpula.
"Nossa política externa é tão delicada que nós devemos deixá-la nas mãos de especialistas", disse a repórteres no palácio presidencial, na terça-feira. "O Ministério de Relações Exteriores está tomando as decisões correspondentes que nós vamos apoiar".
(Reportagem de Mitra Taj e Marco Aquino)
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 22237141))
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