Por Denis Pinchuk e Darya Korsunskaya
MOSCOU (Reuters) - Vladimir Putin tomou posse nesta segunda-feira para mais um mandato de seis anos como presidente da Rússia, auxiliado pela aprovação popular mas afetado por uma disputa com o Ocidente, uma economia frágil e incertezas sobre o que acontecerá ao final de seu longo período à frente do país.
No ornamentado Salão Andreyevsky do Grande Palácio do Kremlin, com a mão sobre uma cópia da Constituição com alto relevo dourado, Putin jurou servir ao povo russo, salvaguardar os direitos e as liberdades e proteger a soberania da nação.
A posse de Putin para um quarto mandato como presidente ocorreu dois meses depois que mais de 70 por cento da população o aprovou em uma eleição na qual não teve adversários sérios.
Seu adversário mais perigoso, Alexei Navalny, foi impedido de concorrer, e no sábado ele e centenas de apoiadores foram detidos pela polícia enquanto protestavam contra o novo mandato de Putin com o slogan: "Putin não é nosso czar".
Em um discurso feito após a cerimônia de posse, Putin disse que nos próximos seis anos a Rússia se mostrará um ator forte na arena global, apoiada por Forças Armadas poderosas, ao mesmo tempo em que se empenhará muito para melhorar a vida de seus cidadãos.
"Assumo este cargo com um sentimento colossal de responsabilidade", disse Putin a uma plateia de autoridades russas e dignitários estrangeiros, entre eles o ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder.
"O objetivo da minha vida e do meu trabalho será servir o povo e a pátria-mãe".
Putin usou uma nova limusine de fabricação russa para a curta viagem de seu gabinete até o local da cerimônia de posse. De agora em diante, a limusine substituirá a frota de veículos importados que o líder usava, noticiou a televisão estatal.
Depois da posse, Putin nomeou seu fiel aliado Dmitry Medvedev para permanecer como primeiro-ministro, sinalizando continuidade.
Putin, de 65 anos, está no poder, seja como presidente ou como primeiro-ministro, desde o ano 2000.