WASHINGTON (Reuters) - Republicanos no Congresso dos Estados Unidos disseram que não tinham os votos necessários para aprovar sua reforma do sistema de saúde, depois que o presidente Donald Trump exigiu uma votação nesta sexta-feira, em uma aposta que pode prejudicar seu mandato como presidente.
Em meio a uma disputa caótica por votos, o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, que defendeu o projeto de lei, se encontrou com Trump na Casa Branca. Ryan disse ao presidente que não havia votos suficientes para aprovar o plano, informou a mídia dos EUA.
A disputa final no plenário da Câmara ocorre após decisão de Trump de interromper as negociações para reforçar o apoio dentro de seu próprio partido, com os moderados e mais conservadores empacados sobre a matéria. Na quinta-feira à noite, ele deu um ultimato para que os parlamentares aprovassem a lei que tem o seu apoio ou mantenham a lei do Obamacare, que os republicanos têm procurado desmantelar desde que foi promulgada, há sete anos.
"Vamos ver o que acontece", afirmou Trump na Casa Branca, acrescentando que Ryan deve manter seu cargo, independentemente do resultado.
A Casa Branca disse que a votação foi marcada para as 16h30 (horário de Brasília) de sexta-feira.
"Não há ninguém que objetivamente pode olhar para este esforço e dizer que o presidente não fez tudo o que ele poderia com esta equipe para obter cada voto possível", declarou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, a repórteres.
Os republicanos controlam o Congresso e a Casa Branca, mas têm profundas divisões sobre o primeiro grande teste legislativo desde que Trump se tornou presidente, em 20 de janeiro.
(Por Richard Cowan e Dustin Volz)