Por Ali Abdelaty
CAIRO (Reuters) - Abdel Fattah al-Sisi foi empossado para um segundo mandato como presidente do Egito neste sábado em meio a uma repressão a seus oponentes, após uma vitória esmagadora na eleição em março, na qual todos os sérios opositores se retiraram.
Aviões de combate da força aérea egípcia desenharam a bandeira egípcia no ar com fumaça vermelha, branca e preta, enquanto helicópteros sobrevoavam a comitiva do ex-chefe militar enquanto ele se aproximava do Parlamento.
"Eu garanto a vocês que aceitar o outro e criar espaços em comum entre nós serão minhas maiores preocupações para atingir consenso, paz social e desenvolvimento político real além de nosso desenvolvimento econômico", disse Sisi em discurso após seu juramento. O discurso foi seguido de uma saudação de 21 armas em comemoração, enquanto os deputados batiam palmas.
"Eu não vou excluir ninguém desse espaço comum exceto aqueles que escolhem a violência, o terrorismo e o pensamento extremista como forma de impor sua vontade", acrescentou Sisi durante a cerimônia, transmitida ao vivo pela televisão.
Sisi supervisionou uma repressão a opositores políticos e uma batalha cada vez mais sangrenta contra os insurgentes do Estado Islâmico na península do Sinai durante seu primeiro mandato. Ele também lutou para recuperar a economia enquanto promovia duras medidas de austeridade apoiadas pelo FMI, vinculadas a um programa de empréstimo de 12 bilhões de dólares.
Seus apoiadores dizem que as duras medidas são necessárias para proteger o Estado da turbulência desencadeada desde que os protestos derrubaram o autocrata Hosni Mubarak em 2011.
Seus críticos dizem que ele sufocou a perspectiva de democracia, enquanto as reformas econômicas que incluem cortes nos subsídios e aumento de impostos aumentaram os preços e desgastaram sua popularidade.