Moscou, 6 jan (EFE).- O Tribunal Supremo da Rússia confirmou neste sábado sua sentença que proíbe o líder opositor russo Alexei Navalny de concorrer às eleições presidenciais do próximo dia 18 de março.
As agências russas informaram que foi mantida "sem mudanças a decisão em primeira instância do Tribunal Supremo" após o recurso de Navalny.
Esgotadas as vias judiciais na Rússia, o opositor recorrerá ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, como adiantou há vários dias sua equipe jurídica.
O Supremo confirmou no dia 30 de dezembro o veto da Comissão Eleitoral Central (CEC) à candidatura de Navalny, argumentado com os antecedentes criminais do político opositor.
Segundo a CEC, Navalny não pode participar das eleições presidenciais porque foi condenado em fevereiro do ano passado a cinco anos de prisão por apropriação indevida, e por isso fica inelegível por um prazo de dez anos.
A decisão de rejeitar a candidatura do líder opositor foi condenada pela União Europeia e pelos Estados Unidos, críticas que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia qualificou de "ingerência direta" nos assuntos internos do país.
Navalny, que acusa o presidente russo, Vladimir Putin, de ordenar sua inabilitação, convocou para o próximo dia 28 de janeiro um ato público para pedir um boicote às eleições presidenciais.