Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - Apenas um dos 22 senadores que se tornaram alvos de inquérito no STF a partir de delações de executivos da Odebrecht e votaram nesta quarta-feira se posicionou contra o projeto que altera a lei de abuso de autoridade, segundo o mapa de votação da proposta.
A proposta foi aprovada em plenário com o voto favorável de 54 senadores e contrário de 19.
O único voto contrário entre os que estão na lista da Odebrecht foi o senador tucano Ricardo Ferraço (ES), que desde o ano passado vinha fazendo críticas públicas ao projeto de abuso. Ele chegou até mesmo a incorporar ao projeto sugestões de mudança propostas pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, apresentando emendas.
Foram favoráveis ao projeto os seguintes senadores da lista da Odebrecht: Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Eduardo Braga (PMDB-AM), Valdir Raupp (PMDB-RO), Ciro Nogueira (PP-PI), Ivo Cassol (PP-RO), Fernando Coelho (PSB-PE), Vanessa Graziottin (PCdoB-AM),
Lídice da Mata (PSB-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Aécio Neves (PSDB-MG), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Dalírio Beber (PSDB-SC), José Serra (PSDB-SP), Paulo Rocha (PT-PA), Humberto Costa (PT-PE), Jorge Viana (PT-AC), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Fernando Collor (PTC-AL).
A lista da Odebrecht tem 24 dos 81 senadores, mas a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) não participou da votação e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não vota por previsão regimental.