Por James Oliphant
CAMP DAVID, Estados Uniodos (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes republicanos do Congresso afirmaram após conversas neste sábado que farão um esforço em ano eleitoral por uma revisão sobre a imigração e gastos de infraestrutura, mas que a reforma do sistema de bem-estar social pode ter que esperar.
Trump se reuniu por dois dias com o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, e outros republicanos do alto escalão para delinear uma agenda legislativa durante um ano no qual irão lutar para manter o Congresso norte-americano sob controle republicano nas eleições em novembro.
Ao responder perguntas de jornalistas após as conversações, Trump afirmou que planeja um ano ativo na campanha eleitoral a favor de candidatos republicanos.
"Eles querem que eu esteja envolvido, e eu estou bastante envolvido", disse Trump sobre os líderes republicanos. "Temos que ter mais republicanos."
O partido que controla a Casa Branca tipicamente perde assentos na primeira eleição para o Congresso após a eleição presidencial, e a relativamente baixa taxa de aprovação de Trump pode aumentar as chances de perdas republicanas.
Trump e os líderes do partido têm um prazo final até 19 de janeiro para aprovar a legislação e evitar uma paralisação do governo. A Casa Branca afirmou que suas próximas prioridades são um plano para investir em estradas, pontes e outras áreas de infraestrutura.
Os republicanos também querem alcançar um acordo sobre a política de imigração, incluindo uma proteção para centenas de milhares de jovens adultos trazidos para os Estados Unidos de maneira ilegal quando crianças.
A reforma do sistema de bem-estar social, uma prioridade para Ryan e outros republicanos da Câmara, parece estar perdendo fôlego entre as metas de Trump para o ano.
Ele afirmou "estamos olhando para isso" mas que o objetivo era obter um acordo bipartidário sobre a reforma do sistema. Caso isso não seja possível, o esforço pode ser deixado para mais tarde, disse.
Trump chamou seu principal conselheiro econômico, Gary Cohn, ao microfone para dizer que planeja permanecer na administração. O status de Cohn vem sendo questionado desde que uma reforma tributária foi aprovada e sua partida poderia afetar os mercados acionários que subiram nos últimos meses.
(Reportagem de James Oliphant e Steve Holland)