Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - Donald Trump em novembro irá para Ásia pela primeira vez desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, devendo passar por Japão, Coreia do Sul, China, Vietnã e Filipinas em uma viagem com uma agenda que deve ser dominada pela ameaça nuclear da Coreia do Norte.
Acompanhado de sua esposa Melania, Trump viajará entre os dias 3 e 14 de novembro e deverá participar de dois eventos importantes: o fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico, no Vietnã, e o conclave da Associação das Nações do Sudeste Asiático, nas Filipinas.
A presença de Trump no evento em Manila era uma dúvida até recentemente, com autoridades dizendo que o presidente norte-americano estava relutante em manifestar suporte ao presidente filipino, Rodrigo Duterte, responsável por uma série de demonstrações anti-americanas.
Uma autoridade dos EUA disse que líderes asiáticos que se encontraram na semana passada com Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, ajudaram a persuadi-lo a participar do evento com importantes aliados asiáticos.
Um diplomata asiático saudou a decisão de Trump de visitar Manila, dizendo que "assegura a região de que a política em relação à Ásia não se trata apenas da Coreia do Norte, mas também do Sudeste Asiático".
O secretário de Relações Exteriores das Filipinas, Alan Peter Cayetano, disse que o presidente Duterte estava ansioso para se reunir com Trump, acrescentando que a relação entre os dois países era tão resiliente que os laços sempre se recuperam, independentemente de desentendimentos.
A passagem de Trump pela China ocorrerá após uma viagem do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos em abril. Trump colocou forte pressão sobre Pequim em relação à Coreia do Norte. Embora seus esforços tenham tido sucesso limitado até o momento, ele agradeceu Xi na terça-feira pela colaboração.
"Eu aplaudo a China por romper todas as relações bancárias com a Coreia do Norte - algo que as pessoas considerariam até mesmo impensável dois meses atrás. Quero agradecer o presidente Xi", disse Trump em uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
(Reportagem adicional de David Brunnstrom em Washington, Phil Stewart em Pequim e Martin Petty em Manila)