O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que o pente-fino em benefícios temporários, em especial no auxílio-doença, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já identificou o pagamento indevido a 45.000 pessoas. Segundo ele, esse número representa 45% do total de auxílios que passaram por revisão.
“A quantidade de benefícios indevidos é muito alta”, declarou Lupi ao jornal O Globo. O ministro afirmou que os casos mais comuns são de pessoas que recuperaram a capacidade de trabalho, mas continuam recebendo auxílio. “Se a pessoa ficou boa, não há por que continuar recebendo o auxílio-doença”, disse.
Lupi afirmou que há uma quantidade considerável que de beneficiários que voltar ao mercado de trabalho e não informam ao INSS.
A revisão dos benefícios começou há pouco mais de um mês. Já foram analisados cerca de 100 mil pagamentos e outros 800 mil devem ser revisados até o fim deste ano.
O número de beneficiários teve aumento de 1,6 milhão de 2015 a 2023 –o que equivale a 37,3%. Em relação a 2022, o crescimento foi de 14,4% (ou 751,6 mil pessoas).
O custo com os novos beneficiários praticamente dobrou de 2015 a 2023: saiu de R$ 5,0 bilhões em 2015 para R$ 10,0 bilhões em 2023. Houve salto de 20,4% de 2022 para 2023.