O tradicional desfile do 7 de Setembro no Rio de Janeiro voltará a ser realizado na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o evento foi levado para a orla da praia de Copacabana a pedido do então presidente.
Segundo a CNN Brasil, o governo do Estado do Rio de Janeiro e a prefeitura fluminense tem planos para levar as comemorações do Dia da Independência para a frente do Pantheon Caxias, monumento criado para homenagear Duque de Caxias, patrono do Exército brasileiro. A celebração contará com esquema de policiamento e segurança e terá a presença do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
Localizada na Zona Sul da cidade, a orla de Copacabana já foi palco de outras manifestações pró-Bolsonaro durante seu mandato. Quando o ex-chefe do Executivo manifestou sua vontade de levar os desfiles para lá, houve dúvidas da organização do evento se a mudança seria viável.
Em 2021, no 7 de Setembro, apoiadores do então presidente Bolsonaro reuniram-se na orla de Copacabana em ato a favor do governo no Dia da Independência. No ano seguinte, em 2022, dessa vez com a presença e discurso de Bolsonaro em um trio elétrico, o evento na orla reuniu cerca de 111 mil pessoas.
Por conta do teor de seus discursos, e por se tratar de um ano eleitoral no qual Bolsonaro era candidato à reeleição, políticos da oposição avaliaram que ele transformou a cerimônia em um evento político.
Em fevereiro deste ano, o MPF (Ministério Público Federal) apresentou na 6ª feira (24.fev.2023) uma ação civil pública contra a União por favorecimento político do então presidente Jair Bolsonaro na comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de Setembro de 2022. Eis a íntegra (2 MB).
A ação pede a “reparação de danos causados” através de pedido público de desculpas de Bolsonaro e dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. O MPF argumenta que o ex-presidente usou a festividade como um ato de campanha pouco antes do 1º turno da eleição, em 3 de outubro.
No entanto, o pedido foi negado pela Justiça Federal do Rio. O MPF recorreu.