Mais uma vez o Distrito Federal aparece em destaque no ranking que analisa os indicadores de saneamento básico determinados pelo SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).
Segundo o Instituto Trata Brasil, o DF tem a maior taxa de esgoto tratado entre os entes federativos, sendo a única acima de 80% e superando Estados como Roraima, Paraná, São Paulo e Goiás. Eis a íntegra da pesquisa (PDF – 2 MB).
Na comparação entre municípios, Brasília ocupa a 20ª posição do ranking, com uma taxa total de atendimento de esgoto em 91,77% e de tratamento em 86,65%. Em relação ao abastecimento total de água, o serviço é fornecido para 99% dos habitantes, colocando a cidade entre as 9 mais bem-posicionadas. Os dados são do Ranking Saneamento Básico 2023 do Trata Brasil.
Para Carlos Eduardo Borges, diretor de Operação e Manutenção da Caesb, o tratamento e fornecimento de água de qualidade, além da coleta e o tratamento de esgoto, “estão diretamente relacionados à qualidade de vida”.
“Esse serviço básico atendido gera um meio ambiente mais saudável, menos doenças para a população, menor número de internações e valorização imobiliária da região”, afirmou.
O crescimento dos índices de atendimento e abastecimento de água e esgoto ocorrem desde 2005. Desde 2019 para cá, o Governo do Distrito Federal investiu mais de R$ 1 bilhão em melhorias no sistema de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, além da modernização das estruturas e dos processos.
Deste valor, R$ 404 milhões foram destinados aos SES (Sistemas de Esgotamento Sanitário), um conjunto de instalações para coletar, transportar, tratar e destinar o esgoto da cidade.
As construções do Sistema Corumbá IV, das estações de tratamento de água do Lago Norte e do Gama e dos sistemas de esgoto em praticamente todas as regiões administrativas são apontadas como algumas das ações que impactam diretamente a melhoria do tratamento de esgoto e água.
“Estamos em uma região do Planalto Central em que há muitas nascentes, mas pouco volume de água por conta dos meses de seca. Isso nos faz ter que armazenar e construir reservatórios e por consequência, implantar sistemas de tratamentos em todas as cidades para que não haja contaminação no lago e nos rios”, declarou Carlos Eduardo Borges.
Além disso, segundo o diretor, o Distrito Federal conta com 3 níveis de tratamento, o que é incomum em muitas cidades brasileiras.
“O tratamento do esgoto é dividido em algumas etapas. Nas primária e secundária, são removidas as matérias orgânicas e os resíduos sólidos, o que a maioria das cidades faz. Mas o nosso nível de tratamento vai até o terciário, que envolve a remoção do nitrogênio e do fósforo, nutrientes que precisam ser tirados por conta dos diversos lagos que abastecem a cidade”, disse.
Mesmo com tantos investimentos, o governo atua para melhorar ainda mais o abastecimento da população, como é o caso do Morro da Cruz e Capão Comprido, em São Sebastião, além da Chácara Santa Luzia e do 26 de Setembro, na Estrutural.
“Manter esses números e avançar é uma missão do Distrito Federal para cumprir o marco do saneamento básico que estabeleceu metas para o Brasil até 2033. O nosso nível ainda não é maior porque temos áreas em que a infraestrutura de saneamento básico só pode entrar conforme a regularização”, declarou Carlos Eduardo Borges.
Com informações da Agência Brasília