Os embaixadores de Rússia, Irã e Belarus na Suécia foram convidados pela Fundação Nobel a participar da cerimônia de premiação depois de os países terem sido excluídos da edição de 2022 por causa da guerra na Ucrânia. O evento será realizado em Estocolmo, capital sueca, em 10 dezembro.
Em nota divulgada na 5ª feira (30.ago.2023), a fundação afirmou que o prêmio Nobel representa o oposto da polarização, do populismo e do nacionalismo e que, por isso, os organizadores decidiram que todos os países com representações diplomáticas na Sueçia seriam convidados a participar do evento. Eis a íntegra da declaração (70 KB, em inglês).
“Está claro que o mundo está cada vez mais dividido em esferas, onde o diálogo entre aqueles com pontos de vista diferentes está sendo reduzido. Para contrariar essa tendência, estamos agora ampliando os nossos convites para celebrar e compreender o Prêmio Nobel e a importância da ciência livre, da cultura livre e de sociedades livres e pacíficas” disse Vidar Helgesen, diretor-executivo da Fundação Nobel.
No entanto, o convite não foi bem recebido pelos integrantes do parlamento sueco. Em entrevista à rádio nacional do país, a deputada Karin Karlsbro criticou a decisão e a chamou de “ingênua”.
A líder do Partido Verde da Suécia, Marta Stenevi, disse que não comparecerá à cerimônia e que “não há nada para se comemorar junto a Rússia”.
No evento, realizado anualmente na Suécia, serão entregues 5 dos 6 Prêmios Nobel –a exceção é o do da Paz, que é concedido durante a cerimônia realizada em Oslo, na Noruega.