O advogado-geral da União, Jorge Messias, será homenageado em um jantar organizado por advogados e entidades em 15 de setembro, no Armazém do Campo, em São Paulo. Trata-se de um estabelecimento ligado ao MST que vende produtos orgânicos produzidos pelo movimento.
Messias é um dos cotados para ocupar a vaga da presidente do STF, Rosa Weber. Ela completa 75 anos em 2 de outubro de 2023, mas vai se aposentar um pouco antes disso, no final de setembro. Também são considerados: o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o presidente do TCU, Bruno Dantas.
O jantar para Messias é organizado por:
- Grupo Prerrogativas, formado principalmente por advogados, mas que também conta com artistas e professores. É crítico à operação Lava Jato;
- Sasp (Sindicato dos Advogados de São Paulo);
- ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia)
- MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
O coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, disse ao Poder360 que o jantar não visa a fazer campanha para Messias: “É um jantar normal. É natural, de reconhecimento do trabalho dele. Ele não está em campanha e nem nós, por ninguém. O presidente tem o direito de escolher quem achar que deve escolher, e a gente sempre respeitou esse direito”.
“Qualquer especulação que associe esse jantar ao Supremo é uma tentativa, evidentemente, de queimar o nosso querido homenageado e desvirtuar o propósito desse encontro”, afirmou Carvalho. No entanto, o evento emite um sinal político a favor do AGU.
VAGA NO SUPREMO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve nomear seu indicado antes da posse do novo presidente do STF, Roberto Barroso, em 28 de setembro. Dois critérios principais são considerados pelo petista:
- geografia – deve ser do Nordeste (é o caso de Messias, Dino e Dantas);
- intimidade – quer nomear uma pessoa com quem tenha algum grau de proximidade, como foi o caso de Cristiano Zanin.
Dos 3 cotados, Dino é o que desfruta de maior intimidade com o presidente neste momento. Não há mulheres na lista preliminar. O PT, a esquerda e a primeira-dama Janja Lula da Silva pressionam para que Lula indique uma mulher para o lugar de Weber.