O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 25, esperar a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia ainda neste ano. Na avaliação do petista, o objetivo é que seja um acordo "equilibrado" e que contribua para a reindustrialização do País.
"O Brasil e os sócios do Mercosul estão engajados no diálogo para concluir as negociações com a União Europeia e esperamos ter boas notícias ainda este ano", disse Lula, em encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Espanha. "É um acordo muito importante para todos e queremos que seja equilibrado e contribua para a reindustrialização do Brasil."
Para Lula, a Espanha poderá "ajudar muito" na conclusão do acordo.
Juros
Lula fez novas críticas à taxa de juros no Brasil nesta terça-feira, 25, e disse ser "impossível fazer investimento" no País com a taxa Selic a 13,75% ao ano. Na avaliação do petista, que participava de um evento em Madri, na Espanha, empresários brasileiros precisam aprender a investir fora do País.
"É impossível fazer investimento com taxa de juros a 13,75%. Espero que a Espanha coloque dinheiro para emprestar mais barato para a gente poder ter empresário que vem aqui buscar dinheiro emprestado", disse,
O presidente afirmou que as condições estão dadas para um aprofundamento da cooperação econômica e comercial entre Brasil e Espanha. De acordo com ele, a estabilidade política e crescimento da economia brasileira "voltarão a trazer excelente retorno às empresas espanholas".
Ao citar condições para aprofundamento da cooperação entre os dois países, com destaque à infraestrutura, Lula disse ser "entusiasta que setores públicos e privados andem de mãos dadas, porque só assim conseguiremos fazer um país crescer". Segundo o petista, o Brasil voltará a desempenhar papel de liderança na agenda climática e transição energética e será "implacável" no combate aos crimes ambientais.
Ele disse querer atrair capital produtivo espanhol para o Brasil. Ao falar sobre seus objetivos no terceiro mandato, citou medidas que podem tornar a economia brasileira mais competitiva. Mas pontuou que tal competitividade "não é um fim em si, mas um meio para aumentar a qualidade de vida da população".
"A competitividade que queremos não pode resultar na redução da renda dos trabalhadores, diminuição do emprego formal, restrição da liberdade dos trabalhadores ou desmonte das políticas públicas", declarou.