Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não confirmou sua presença na reunião do G7, no final deste mês, no Japão, mostrando que sua participação da cúpula pode ser cancelada, apesar do convite direto do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
"Não sei se vou. Estou querendo ir ao Ceará e estou querendo ir a Bahia inaugurar escola de tempo integral", disse Lula ao ser perguntado sobre a viagem.
Até agora, Lula vinha dizendo que participaria da cúpula. No entanto, fontes ouvidas pela Reuters já vinham dizendo que a participação não estaria mais garantida.
De acordo com uma fonte palaciana, Lula se incomodou por não ter sido convidado para o fórum principal em que participam os sete países do grupo, mas como observador, e também para um fórum especial sobre mudanças climáticas.
O presidente teria um espaço de fala durante uma reunião ampliada, em que o Brasil e outros países observadores tem espaço, mas não nos encontros principais.
"Ele não quer ir até lá para ter uma participação restrita", disse a fonte.
O governo brasileiro tenta negociar um espaço maior de participação mas, se isso não se confirmar, a tendência do presidente é de não ir até Hiroshima, onde a cúpula acontece entre os dias 19 e 21 de maio.
Lula tem apostado mais na cúpula do G20, grupo da maiores economias do mundo, que acontece em agosto, na Índia, e do qual o Brasil assume a presidência para o próximo ano.
Esta semana, Lula embarca para Londres, onde participa da coroação do rei Charles 3º e tem também uma reunião bilateral com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.