Maduro diz que oposição tentou matar ele e pede que “cuidem” de Lula

Publicado 02.12.2024, 23:36
Atualizado 03.12.2024, 00:10
© Reuters Maduro diz que oposição tentou matar ele e pede que “cuidem” de Lula

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), disse nesta 2ª feira (2.dez.2024) ter sido alvo de planos de assassinatos supostamente articulados por opositores e acusou a líder Maria Corina Machado de estar envolvida em 19 estratégias do tipo.

Durante o programa “Con Maduro +”, o líder chavista fez referência ao inquérito da PF (Polícia Federal) para apurar o que seria uma tentativa de golpe de Estado em 2022 e o suposto plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Equiparou a situação do petista a sua pediu aos brasileiros que “cuidem” de Lula.

“Eu entendo perfeitamente essa notícia vinda do Brasil. Porque nós aqui somos vítimas disso [plano de assassinato]. E peço ao povo do Brasil que cuide de seu presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é um grande homem. Em toda a sua vida, o que ele fez foi lutar pelo Brasil de forma pacífica, política e eleitoral”, declarou Maduro ao comentar o suposto plano de golpe que mataria o presidente brasileiro, o vice, Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Nicolás Maduro também criticou Bolsonaro. Disse ter “suportado” os 4 anos dele à frente do Planalto e acusou o ex-presidente, sem apresentar provas, de preparar grupos violentos para atacar a fronteira com a Venezuela.

ENTENDA

  • o que aconteceu: o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado no final de 2022. Também enviou o inquérito à PGR;
  • o que é investigado: um grupo aliado a Jair Bolsonaro (PL) que teria tentado impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O plano seria, segundo a PF, matar Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e o então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes. A operação teria a participação de militares e usaria armas de guerra e veneno;
  • quais são as dúvidas: quantas pessoas estiveram envolvidas diretamente se o plano foi efetivamente colocado em curso. Leia aqui o que se sabe e quais são as dúvidas sobre o inquérito;
  • quem estava envolvido: a investigação, concluída pela corporação na 5ª feira (21.nov), levou ao indiciamento de 37 pessoas. Entre elas, estão:
    • Bolsonaro;
    • Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro;
    • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
    • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
    • Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
  • quais os próximos passos: a manifestação sobre uma possível denúncia da PGR deve ficar para 2025, depois do recesso do Judiciário, que termina em 6 de janeiro.

RELATÓRIO DA PF

A Polícia Federal concluiu que núcleos foram agrupados para disseminar a narrativa de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da sua realização. A finalidade seria legitimar uma intervenção das Forças Armadas.

Seriam 5 eixos de atuação:

  • ataques virtuais a opositores;
  • ataques às instituições (STF e TSE), urnas eletrônicas e à higidez do processo eleitoral;
  • tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de direito;
  • ataques às vacinas contra a covid e a medidas sanitárias na pandemia; e
  • uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens.

O QUE DIZ BOLSONARO

O ex-presidente negou ter conhecimento do esquema para matar Lula ou da tentativa de golpe. Disse que sempre agiu “dentro das 4 linhas de Constituição” e que, nelas, “não há pena de morte”, em referência ao assassinato do petista.

“Vai dar golpe com um general da reserva e 4 oficiais superiores? Pelo amor de Deus. Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas? Não fique botando chifre em cabeça de cavalo”, disse em live transmitida pela página do Instagram do ex-ministro do Turismo Gilson Machado no sábado (23.nov).

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