Por Nathaniel Taplin e Samuel Shen
XANGAI (Reuters) - As ações chinesas caíram novamente nesta sexta-feira, com o índice de Xangai fechando no seu menor nível desde dezembro de 2014, deixando a maioria dos que depositaram sua confiança nas medidas de Pequim para encerrar a crise do mercado no verão passado (no hemisfério norte) cuidando de suas perdas.
No câmbio, o iuan enfraqueceu com força no exterior, abrindo uma diferença de mais de 1 por cento com o estável mercado doméstico, apesar dos esforços do banco central mais cedo nesta semana para apertar os especuladores.
O iuan doméstico teve 0,1 por cento de alta na semana, mas está quase 1,4 por cento mais fraco contra o dólar no ano até o momento, e já perdeu quase 5 por cento de valor desde agosto.
Os dois principais índices acionários chineses caíram mais de 3 por cento, aumentando os questionamentos sobre a habilidade de Pequim de encerrar a venda generalizada, que chegou a 18 por cento desde o começo do ano.
"O 'Time Nacional' quer estancar a queda, mas ele simplesmente não consegue parar a debandada, com os investidores vendendo em pânico", disse o gestor de fundos do Ivy Capital em Xangai Shen Weizheng.
O início turbulento de 2016, com os mercados acionários e cambial despencando, aumentou as preocupações de que as autoridades em Pequim estejam correndo o risco de perder o controle da situação com o país a caminho de marcar seu crescimento mais lento em 25 anos.
Os números econômicos otimistas mais cedo nesta semana sobre comércio e investimentos acalmaram alguns temores sobre a desaceleração da segunda maior economia do mundo, mas nesta sexta-feira, dados mostraram que novos empréstimos feitos pelos bancos chineses em dezembro foram mais fracos do que o esperado, como também menores do que no mês anterior.