Por Gabriel Codas
Investing.com - Na abertura da sessão desta terça-feira na bolsa paulista, as ações da Oi operam com queda na B3. Na véspera, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s anunciou o corte do rating da companhia para B-, apontando como justificativa a queda do PIB brasileiro em 2020, que irá afetar os negócios da tele.
Por volta das 10h29, as perdas eram de 1,54% a R$ 0,64 para os papéis ordinários (SA:OIBR3) e de 0,96% a R$ 1,03 para as preferenciais (SA:OIBR4).
Na visão da agência, serão afetados, principalmente, as operações de linhas pré-pagas e fixas da Oi durante a crise do coronavírus, o que vai levar a uma maior pressão na receita média por usuário. O relatório aponta que uma série de desafios macroeconômicos que serão impostos pela pandemia do coronavírus vão prejudicar a geração de receita e também o fluxo de caixa, além da desvalorização do real. Assim, a relação dívida/Ebitda deve ir para acima de 7 vezes.
Outra preocupação da S&P está relacionada às vendas dos ativos em meio à crise e também na execução do plano de investimentos da Oi.
Ações nos EUA
A operadora de telefonia informou mais cedo que foi notificada pela bolsa de valores de Nova York (Nyse) de que não estava em conformidade com o padrão de listagem da bolsa, que exige que o preço médio de fechamento das ações não seja inferior a US$ 1 por ação por qualquer período de 30 dias úteis consecutivos.
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Pelas regras, a Oi tem um período de seis meses para voltar a cumprir o requisito de preço mínimo das ações. Como resultado de uma flexibilização temporária concedida à Nyse pela SEC, esse período foi suspenso de 21 de abril a 30 de junho de 2020, e consequentemente, a Oi teve o prazo estendido até de 22 de dezembro de 2020.
Oi destacou que deverá alterar os termos de suas American Depositary Shares (ADSs), que atualmente correspondente a um pacote de cinco ações ordinárias da companhia no Brasil, para aumentar o número de ações ordinárias representadas, a fim de voltar a cumprir novamente o requisito de preço.