A AES Brasil (SA:AESB3) registrou prejuízo líquido de R$ 34,8 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo o lucro líquido de R$ 602,8 milhões de um ano antes, resultando em uma margem líquida de 113,2%, o que representa uma baixa de 118 pontos porcentuais (p.p) na mesma base de comparação. No ano passado, a empresa reportou lucro líquido de R$ 516,5 milhões, queda de 39,1% na base anual.
"Mesmo em um ano desafiador, com situação hidrológica complicada, juntamente com a estratégia de diversificação de fontes, conseguimos entregar lucro em 2021. Assinamos quase um 1 gigawatts (GW) de PPA (contrato de energia)", afirmou o diretor Vice-Presidente e de Relações com Investidores da AES Brasil, Alessandro Gregori.
No período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 205,8 milhões, uma baixa de 82,4% ante igual período de 2020. No ano, o Ebitda caiu 56,3% ante 2020 e somou R$ 903,9 milhões.
Já a receita líquida da companhia subiu 37,5% no quarto trimestre na base anual, para R$ 731,9 milhões. Em 2021, a linha subiu 25% e totalizou R$ 2,5 bilhões. O custo de operação e despesas operacionais da AES Brasil totalizaram R$ 88,7 milhões no trimestre, uma elevação de 3,0% ante o mesmo intervalo de 2020, enquanto no ano o indicador subiu 18,2% e somou R$ 402,4 milhões.
No trimestre, os investimentos da companhia somaram R$ 395,5 milhões, enquanto em 2021 esse valor chegou a R$ 983,4 milhões. A AES Brasil encerrou o ano com uma dívida líquida de R$ 3,915 bilhões, enquanto a alavancagem, medida pela relação dívida por Ebitda era de 3,95 vezes.
Dividendos
Em relação aos dividendos, o executivo afirmou que a política continua a mesma de pagar 50% do lucro, sem previsão de pagamento adicional, uma vez que a AES Brasil está passando por um momento de crescimento. "Não temos previsto um adicional para 2021, para este ano ainda vamos avaliar".