SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou que a distribuidora de energia Enel Goiás (ex-Celg-D) apresente um plano emergencial de resgate da qualidade do serviço prestado no Estado, que deverá conter ações e investimentos de longo prazo, segundo comunicado no site do órgão regulador nesta sexta-feira.
A exigência vem um dia após o Ministério de Minas e Energia ter afirmado que avaliava medidas que poderiam ser tomadas pelo regulador em relação à empresa de Goiás, que pertencia à estatal Eletrobras (SA:ELET3) e ao governo goiano e foi adquirida pela Enel em leilão de privatização no final de 2016.
"Diante da necessidade de resgate da qualidade dos serviços, exigiremos um plano emergencial para melhorar o atendimento no curto prazo", afirmou em nota o diretor-geral da agência, André Pepitone.
Procurada, a italiana Enel (MI:ENEI), controladora da Enel Goiás, disse que o plano será apresentado "dentro do prazo solicitado" e que apresentou à Aneel "as melhorais que têm sido implementadas na rede de distribuição em todo o Estado (de Goiás)".
A companhia acrescentou que mais do que dobrou os investimentos na região, para 800 milhões ao ano desde 2017, contra cerca de 300 milhões anuais aportados em 2015 e 2016 pela Celg-D estatal.
Segundo a Enel, os índices de qualidade da distribuição de energia em Goiás "já apresentam melhorias" desde que ela assumiu a gestão.
A companhia disse que a duração média das interrupções no serviço foi reduzida em cerca de 6 horas em dezembro ante mesmo mês de 2017, chegando ao melhor índice desde 2011, enquanto a frequência das interrupções teve em 2018 o menor nível da história da elétrica goiana.
(Por Luciano Costa)