Por Keith Coffman
DEVER Estados Unidos (Reuters) - Uma mulher de 19 anos do Estado norte-americano do Colorado se declarou culpada, em um tribunal federal nesta quarta-feira, de conspirar para fornecer ajuda material a militantes do Estado Islâmico, que ocupam vastas porções da Síria e do Iraque.
Shannon Maureen Conley está sob custódia desde sua detenção, em abril, por supostamente planejar viajar ao exterior e se juntar ao grupo radical sunita.
Promotores federais acusaram a jovem do subúrbio de Denver de conspirar para fornecer ajuda material ao Estado Islâmico, visto como uma organização estrangeira terrorista.
O grupo é uma dissidência da Al Qaeda que deseja criar um califado e assumiu a responsabilidade pela decapitação dos jornalistas norte-americanos Steven Sotloff e James Foley.
De acordo com depoimento do mandado de prisão apresentado em apoio à queixa-crime, Conley, que se converteu ao islamismo, correspondeu-se online com um suposto combatente islâmico da Tunísia.
Ela disse aos investigadores que pretendia se casar com o homem e se unir a ele e a outros combatentes islâmicos "para consertar os erros cometidos contra o mundo muçulmano".
Conley, que é formada em auxiliar de enfermagem, participou de um acampamento organizado pelos Exploradores do Exército dos EUA, um programa de carreiras para jovens, no ano passado no Texas, e planejava usar o treinamento para lutar no exterior e também ensinar táticas militares de seu país aos rebeldes, de acordo com o depoimento.
Agentes de uma força-tarefa federal antiterrorismo interrogaram Conley várias vezes para tentar dissuadi-la, mas ela insistiu que queria viajar ao exterior e guerrear contra os infiéis, ainda segundo o depoimento de sua detenção.
"Quando perguntada se ela ainda queria realizar os planos, sabendo que eles são ilegais, Conley disse que sim", de acordo com o depoimento.
Ela foi presa no Aeroporto Internacional de Denver, enquanto se preparava para embarcar em um vôo para a Alemanha.
A acusação de conspiração para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira acarreta em pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de 250 mil dólares.