Por Julie Weisberg
EAST HAVEN Estados Unidos (Reuters) - Edward Kennedy Jr. deu o primeiro passo para seguir o caminho de seu falecido pai e ex-senador dos Estados Unidos na terça-feira, quando venceu sua primeira disputa eleitoral e foi eleito senador estadual em Connecticut.
O advogado de 53 anos chamou atenção pelo nome da família, uma dinastia liberal de longa história na política norte-americana, quando entrou na disputa em abril para enfrentar o republicano Bruce Wilson.
Em março, o ex-senador estadual Edward Meyer, democrata que ocupava o cargo desde 2005, declarou que não buscaria a reeleição.
Edward Kennedy Jr. manteve a inclinação esquerdista de seu clã, direcionando sua campanha para a defesa de deficientes e temas ligados à preservação ambiental.
Wilson representou um contraste acentuado, declarando durante um debate recente que as questões mais importantes que o Connecticut enfrenta são a necessidade de desfazer os padrões acadêmicos do Common Core (organização comprometida com a qualidade do currículo escolar nas escolas públicas do país) e melhorar a economia claudicante do Estado.
"Vou precisar de sua ajuda, suas ideias. Precisamos nos unir em nossa jornada comum para reerguer o Connecticut", afirmou Kennedy a seus apoiadores na terça-feira.
Edward trilha a mesma seara de seu primo de 34 anos, Joseph P. Kennedy 3º, eleito como congressista do Massachusetts em 2012, mantendo a tradição da família na política.
Mas sua corrida ao Senado estadual não transcorreu sem polêmicas. Em outubro, Wilson apresentou uma queixa junto à comissão eleitoral estadual alegando que familiares e amigos do rival fizeram grandes contribuições para o comitê estadual central dos democratas, e que o partido violou as regras de financiamento de campanha redirecionando o dinheiro para o campo de Kennedy.
A campanha de Kennedy e outras autoridades democratas argumentaram, entretanto, que as doações foram legais, e permitidas devido a uma alteração feita no ano passado nas regras de financiamento do Estado.
A comissão eleitoral estadual abriu uma investigação sobre as doações.
O pai de Edward, Edward M. Kennedy, representou Massachusetts no Senado dos EUA durante 50 anos, até sua morte em 2009.