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Petróleo perde mais de 1% em meio a aumento de produção da OPEP

Publicado 19.01.2015, 12:50
© Reuters.
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo estavam sob pressão nesta segunda-feira, em meio a indicações de que os produtores da OPEP não estão mostrando nenhum sinal de corte na produção.

O ministro de petróleo iraquiano, Adel Abdul Mahdi, disse neste domingo que seu país estava com uma produção em um ritmo recorde de 4 milhões de barris por dia em dezembro, evidenciando as preocupações com um excesso de oferta mundial.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto com vencimento em março caiu 79 centavos, ou 1,61%, para US$ 48,34 por barril nas negociações norte-americanas da manhã.

Espera-se que os volumes de negociação permaneçam moderados nesta segunda-feira uma vez que os mercados nos EUA estão fechados em virtude de um feriado.

Na sexta-feira, os futuros de petróleo negociados em Nova York subiram US$ 2,40, ou 5,14%, sendo negociados a US$ 49,13 por barril, uma vez que os investidores voltaram ao mercado em busca de barganhas e para fechar apostas em preços mais baixos.

No dia 13 de janeiro, os preços do petróleo WTI atingiram US$ 44,20, um nível não visto desde março de 2009.

Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em março caíram 71 centavos, ou 1,43%, sendo negociados a US$ 49,46 por barril.

Na sexta-feira, os preços do Brent negociados em Londres subiram US$ 1,90, ou 3,94%, para US$ 50,17 por barril. No dia 13 de janeiro, o Brent atingiu US$ 45,19, o nível mais fraco desde abril de 2009.

Os ganhos de sexta-feira surgiram após a Agência Internacional de Energia ter reduzido sua projeção de aumento da oferta de petróleo fora da OPEP este ano para 350 mil barris por dia, em meio a indicações de que preços mais baixos começaram a diminuir a produção em algumas áreas, incluindo a América do Norte.

Na sexta-feira, o grupo de pesquisa industrial, Baker Hughes, disse que o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA caiu cerca de 55 na semana passada, para 1366, o mais baixo desde outubro de 2013.

O número de plataformas de petróleo diminuiu em 11 das 14 últimas semanas desde que atingiu uma alta histórica de 1.609 no meio de outubro.

O petróleo Brent negociado em Londres caiu quase 60% desde junho, quando subiu e ficou perto de US$ 116,00, ao passo que o petróleo WTI está em baixa de quase 58% em relação a uma recente alta de US$ 107,50 em junho.

As preocupações com o enfraquecimento da demanda global combinadas com indicações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não vai cortar a produção para apoiar os mercados de petróleo têm pesado sobre os preços nos últimos meses.

Ao mesmo tempo, aumentar a oferta de petróleo bruto a partir de formações de xisto norte-americano ajudou a criar um excesso de oferta nos mercados mundiais.

Os traders de petróleo estão aguardando a divulgação de uma série de dados econômicos oriundos da China na terça-feira, para mais indicações sobre a força da economia e a possível evolução futura da política monetária.

A nação asiática vai divulgar dados sobre o produto interno bruto do quarto trimestre, bem como relatórios sobre a produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos para dezembro.

Os analistas do mercado esperam que a economia da China cresça 7,2% no trimestre encerrado em 31 de dezembro, ante crescimento de 7,3% no trimestre anterior.

Dados econômicos recentes do país asiático indicou que a recuperação continua frágil e pode precisar de mais estímulo monetário.

Enquanto isso, o euro permaneceu sob pressão em meio à crescente expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) lance um programa de compra de títulos do governo em sua reunião de quinta-feira, em uma tentativa de afastar a ameaça de deflação na zona do euro.

Na quinta-feira passada, o Banco Nacional da Suíça (SNB) abandonou seu teto da caixa de câmbio de 1,20 por euro, em uma ação surpresa, sinalizando que espera que o BCE aja nesta semana.

A ação irritou os mercados financeiros, que viram o franco suíço ficar mais forte em relação à cesta de moedas.

O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,25% para 92,84.




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