YANGON (Reuters) - Quarenta e sete soldados de Mianmar foram mortos esta semana em confrontos com insurgentes de uma minoria étnica perto da fronteira com a China, disseram as Forças Armadas em comunicado nesta sexta-feira.
Os confrontos e as mortes são um revés para os esforços do governo de estabelecer um cessar-fogo nacional e acabar com a insurgência que afeta Mianmar desde a conquista da independência, em 1948.
A violência no Estado de Shan, no nordeste, entre o Exército e um grupo chamado Exército da Aliança Democrática Nacional de Mianmar é motivo de preocupação para a China, que teme uma fuga em massa de cidadãos de Mianmar para o país e fez um apelo nesta semana por paz na fronteira.
Segundo as Forças Armadas, 73 soldados ficaram feridos em confrontos na segunda e terça-feira.
Os militares não forneceram detalhes sobre os confrontos, mas o jornal de Mianmar Global New Light, apoiado pelo governo, disse na quinta-feira que os militares haviam realizado cinco ataques aéreos contra os rebeldes.
Autoridades do grupo insurgentes não estavam disponíveis para comentar.
O governo semicivil e reformista de Mianmar que assumiu o poder após 49 anos de regime militar busca implementar um acordo nacional de cessar-fogo com todas as facções rebeldes.
O governo chegou a um acordo de paz com a maioria dos grupos, mas ainda ocorrem confrontos ocasionalmente.
(Reportagem de Aung Hla Tun)