NAIROBI (Reuters) - Atiradores vestidos em uniformes militares mataram neste domingo um ex-chefe de segurança do Burundi e aliado próximo do presidente Pierre Nkurunziza, disse a presidência, o que aumenta as tensões no país depois de uma questionada eleição presidencial.
Nkurunziza pediu por calma após o ataque, que os Estados Unidos e a União Europeia condenaram. Mas, mais tarde no próprio domingo, rajadas esporádicas de tiros podiam ser ouvidas ao norte da capital Bujumbura.
O general Adolphe Nshimirimana, que estava encarregado da segurança pessoal do presidente quando morreu, foi assassinado em um carro junto com três de seus guarda-costas no distrito de Kamenge, em Bujumbura, disseram testemunhas.
As testemunhas disseram que os quatro homens responsáveis pelo ataque, em uniformes militares, cobriram o carro com balas e foram embora pouco depois das 8h da manhã, pelo horário local.
O presidente Nkurunziza disse que as forças de segurança precisam ser fortalecidas para prevenir futuros assassinatos e pediu aos burundianos que "não caiam na armadilha da vingança".
O Burundi está em caos desde abril, quando Nkurunziza anunciou que buscaria um terceiro mandato, um movimento que seus opositores e potências ocidentais disseram que violou a constituição e um acordo de paz que acabou com uma guerra civil de motivações étnicas em 2005.
Alguns generais do exército, que já haviam tentado um golpe, prometeram liderar uma rebelião para tirar Nkurunziza do cargo, após ele vencer, em julho, a eleição presidencial, que foi boicotada pela oposição.