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Wagner diz que Cunha usa cargo em benefício próprio e não tem condições de seguir à frente da Câmara

Publicado 03.12.2015, 14:33
Atualizado 03.12.2015, 14:40
© Reuters. Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, dá entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usa o cargo para obstruir o processo que enfrenta no Conselho de Ética da Casa e não tem mais condições de permanecer no posto, em mais um capítulo da disputa entre o Palácio do Planalto e o parlamentar.

"O próprio presidente do Conselho de Ética por diversas vezes já se manifestou dizendo que havia uma tentativa de obstrução do julgamento no conselho por parte do presidente Eduardo Cunha. Então é realmente complicado, ele tem o poder da caneta, de fazer a ordem do dia e realmente pressionou, é público isso aí, ele pressionou muito", afirmou Wagner em entrevista no final desta manhã no Palácio do Planalto.

"Então eu creio que ele perdeu a legitimidade para estar sentado na presidência da Casa que o está julgando."

Wagner chamou uma entrevista para responder à ultima fala de Cunha a jornalistas, em que acusou a presidente Dilma Rousseff de ter mentido ao negar que houvesse barganhas para trocar o fim do processo no Conselho de Ética pelo arquivamento dos pedidos de impeachment.

O ministro afirma que Cunha mentiu e que há algum tempo o presidente da Casa usa o cargo como um "bunker da oposição".

"Ele se colocou na oposição, coisa que não é própria daquele que senta na cadeira. Aquele que senta na cadeira de presidente da Casa é um magistrado. Ele não pode nem ser o governo absolutamente nem pode ser o bunker da oposição. Mas durante muito tempo ele foi o bunker da oposição, então acho que ele perdeu a condição de magistrado, mas essa foi uma decisão dele", disse o ministro.

© Reuters. Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, dá entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília

Cunha anunciou no início da noite de quarta-feira que aceitara o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, apoiado pela oposição.

No mesmo dia, os três deputados petistas membros do Conselho de Ética da Câmara haviam anunciado que votariam pela admissibilidade do processo contra o presidente da Câmara. A reação de Cunha, na avaliação do Planalto, é uma vingança.

"O grande derrotado é o presidente da Câmara. Ele vai ter que enfrentar um processo no Conselho de Ética", disse Wagner.

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