WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ficou nesta quinta-feira sob fogo dos candidatos presidenciais democratas e grupos pró-direitos humanos por seus planos de intensificar as deportações de imigrantes da América Central, fechando o cerco sobre famílias em situação irregular.
Em um momento em que há uma onda de imigração de crianças desacompanhadas e famílias de El Salvador, Guatemala e Honduras, fontes do governo dos EUA confirmaram preparativos para deter e deportar, a partir do próximo mês, famílias que já receberam ordens para ir embora do país.
O Washington Post informou primeiro, na quarta-feira, que o Departamento de Segurança Interna estava estudando iniciar uma ofensiva nesse sentido em janeiro.
Fontes do governo, que não quiseram ser identificadas, disseram nesta quinta-feira que a campanha representa a ampliação da política de focar pessoas para buscar famílias com membros em situação irregular.
O senador Bernie Sanders, principal rival de Hillary Clinton na disputa pela candidatura democrata à presidência dos EUA, disse em um comunicado: "A nossa nação tem sido sempre um farol de esperança, um refúgio para os oprimidos ... temos de tomar medidas para proteger as crianças e famílias que procuram refúgio aqui, e não expulsá-las."
Outro dos candidatos, o ex-governador de Maryland Martin O'Malley, escreveu no Twitter: "Deportar refugiados centro-americanos que fogem da morte está errado. Somos uma nação melhor do que isso."
Um porta voz de Hillary Clinton não respondeu a um pedido de comentário.
Obama está no Havaí, e os porta-vozes da Casa Branca não fizeram comentários.
(Por Mark Hosenball e Jonathan Allen)