LOS ANGELES/CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O adolescente dos Estados Unidos ridicularizado por ter alegado "affluenza" como defesa para um acidente causado por embriaguez ao volante teve adiado por algumas semanas seu retorno do México para o Estado do Texas, enquanto sua mãe estava nesta quinta-feira em uma prisão de Los Angeles depois de ser deportada.
Um tribunal no México concedeu permissão de permanência a Ethan Couch, de 18 anos, evitando sua deportação após sua entrada ilegal no país, atrasando seu retorno por semanas ou meses, disse um funcionário da imigração mexicana, falando sob condição de anonimato.
O direito de recurso contra a deportação apresentado pelos advogados do adolescente após a sua detenção esta semana foi aceito pelo tribunal, que agora irá rever o seu caso, disse o funcionário.
Ethan e sua mãe, Tonya Couch, 48, entraram no país por via terrestre no início deste mês, de acordo com as autoridades mexicanas, embora não esteja claro por onde passaram. Os dois foram presos na segunda-feira na cidade turística de Puerto Vallarta, na costa mexicana do Pacífico.
A dupla fugiu para o sul depois que autoridades do Condado de Tarrant, no Texas, iniciaram uma investigação para avaliar se Ethan Couch havia violado o acordo de liberdade condicional que o manteve fora da prisão depois de ter matado quatro pessoas com sua caminhonete em 2013. À época, o adolescente alegou "affluenza", o que quer dizer que por ter sido muito mimado por sua família muito rica, não era capaz de distinguir entre certo e errado.
Tonya Couch, que era procurada sob a acusação de prejudicar a prisão, foi levada do México para Los Angeles na noite de quarta-feira. Ela está detida sem fiança em Los Angeles e poderá ser transferida para o Texas, disse a porta-voz da polícia de Los Angeles, Jane Kim.