Por Ayla Jean Yackley e Tina Bellon
ISTAMBUL/BERLIM (Reuters) - O grupo militante Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK, na sigla em curdo) assumiu nesta quinta-feira a responsabilidade por um atentado a bomba na capital da Turquia, Ancara, que deixou 37 mortos, e disse que vai voltar a atacar forças de segurança.
Separadamente, a Alemanha fechou sua embaixada em Ancara e seu consulado geral em Istambul devido a indicações de que um atentado pode ser iminente. A Escola Alemã de Istambul também foi fechada devido a um "alerta não-confirmado", informou o Ministério das Relações Exteriores alemão.
O TAK já havia declarado estar por trás de um atentado com carro-bomba em Ancara no mês passado que matou 29 pessoas. A capital foi vitimada por três ataques em cinco meses, intensificando os temores a respeito da segurança na cidade e no restante do país.
Em um comunicado publicado na Internet, o grupo descreveu o mais recente ataque com carro-bomba de domingo passado, realizado em um terminal de ônibus movimentado, como uma vingança por operações de segurança no sudeste turco de maioria curda em curso desde julho passado, e nas quais centenas de civis, forças de segurança e militantes perderam as vidas.
O TAK disse não te pretendido matar civis, mas visar forças de segurança, e que um grande número de civis foi morto depois que a polícia interveio, sem explicar exatamente como, alertando que novas mortes de civis são "inevitáveis".
O grupo diz ter rompido com o ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), embora especialistas que monitoram os militantes curdos afirmem que as duas organizações ainda estão ligadas. Pelo menos 40 mil pessoas morreram desde que o PKK iniciou sua luta por autonomia curda no sudeste turco três décadas atrás.