Investing.com - A Petrobras dispara 6% nesta quarta-feira e embala o Ibovespa para alta de 1,8% aos 51.391 pontos. Os investidores apostam na petroleira após o aumento da cotação do barril do petróleo e dados da economia chinesa, que apontam para uma recuperação do ritmo de crescimento projetado para o país.
No cenário interno, a companhia anunciou que iniciou o a venda de terminais de gás no Rio de Janeiro e no Ceará, além de informar aumento na produção de petróleo em maio. A Petrobras extraiu 2,83 milhões de barris de óleo equivalentes no mês, alta de 2% frente a igual período do ano passado. A ação preferencial (SA:PETR4) é negociada a R$ 9,14, enquanto a ordinária (SA:PETR3), a R$ 11,80.
O dia é de forte baixa no dólar, que chegou a ser negociado abaixo dos R$ 3,40. A moeda perde valor com a percepção de que os juros dos EUA podem demorar mais a subir após dados mais fracos de geração de vagas e as incertezas da economia global com a possível saída do Reino Unido da União Europeia, em votação marcada para o final do mês. O Fed se reúne na próxima semana.
A queda da moeda derruba as cotações das exportadoras, que tem grande parte da receita atrelada à divisa. Fibria (SA:FIBR3) cai 2,6%, seguida por Suzano (SA:SUZB5) (+2,6%), Marfrig (SA:MRFG3) (-0,6%), Braskem (SA:BRKM5) (-0,5%) e Embraer (SA:EMBR3) (-0,3%).
Os investidores acreditam na possibilidade de novas quedas no dólar frente ao real com Ilan Goldfajn na presidência do Banco Cental. A nomeação de Goldfajn foi aprovada ontem pelo Senado. O banco, que realiza hoje o segundo dia da última reunião do Copom presidida por Alexandre Tombini, pode reduzir suas intervenções no câmbio, segundo indicou Goldfajn na sabatina. Há três semanas o BC não atua na venda de swaps reversos para segurar a moeda.
A aceleração do IPCA em maio, que foi a 0,78%, acumulando 9,325% em 12 meses, também contribui para aumentar as expectativas de que o BC pode deixar o dólar cair para ajudar a segurar as pressões inflacionárias.
As importações em alta na China dão força para as ações da Vale (SA:VALE5), que sobem 1,8% apesar da estabilidade nos preços do minério. A companhia assegurou a emissão de US$ 1,25 bilhão em bônus com vencimento em 2021 a taxa de 5,875%.
As siderúrgicas também sobem embaladas pelos dados chineses. CSN (SA:CSNA3) ganha 4,4%, seguida por Usiminas (SA:USIM5) (+3,7%), Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) (+3,7%) e Gerdau (SA:GGBR4) (+2,7%).
Os bancos operam em alta e o IFNC sobe 1,8%. Banco do Brasil (SA:BBAS3) ganha 2,3%, Bradesco (SA:BBDC4) sobe 2%, enquanto Itaúsa e Itaú Unibanco (SA:ITUB4) valorizam 1,4%.