Por Michael Nienaber e Joseph Nasr
BERLIM (Reuters) - A economia da Alemanha cresceu 1,9 por cento em 2016, taxa mais forte em cinco anos, apontou nesta quinta-feira estimativa preliminar da Agência Federal de Estatísticas.
A maior economia da Europa está se beneficiando do aumento do consumo privado e dos gastos estatais com refugiados, compensando uma contribuição mais fraca do comércio em meio à demanda fraca de importantes parceiros comerciais e mercados emergentes.
Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8 por cento para 2016 após expansão de 1,7 por cento no ano anterior. A taxa de crescimento de 1,9 por cento correspondeu à projeção mais alta da pesquisa.
A agência de estatísticas disse que estimou ainda crescimento de cerca de 0,5 por cento para o quarto trimestre.
"A economia alemã em 2016 mais uma vez desafiou toda uma série de riscos negativos, graças à forte demanda doméstica", disse o economista do ING Carsten Brzeski, acrescentando que o maior risco à Alemanha agora é a complacência.
"A economia necessita urgentemente de um novo ímpeto de novas reformas estruturais e de um maior investimento público e privado, e é muito improvável que obtenha qualquer um antes das eleições", afirmou.
A Alemanha vai às urnas para uma eleição federal em setembro.
Detalhes dos dados do PIB de 2016 mostraram que o consumo provado cresceu 2,0 por cento no ano, contribuindo com 1,1 ponto percentual para a taxa total.
Os gastos estatais saltaram 4,2 por cento após avanço de 2,7 por cento em 2015. O aumento dos gastos estatais contribuiu com 0,8 ponto percentual para a taxa.