Bruxelas, 16 mai (EFE).- Os ministros de Finanças da zona do euro aprovarão nesta segunda-feira o resgate de 78 bilhões para Portugal e estudarão a possibilidade de dar mais empréstimos à Grécia, além do programa de assistência de 110 bilhões de euros estipulado em maio do ano passado.
A ausência do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, devido a sua detenção no sábado em Nova York por uma suposta agressão sexual, acrescenta novas dúvidas ao processo, já que o FMI é parte integrante dos resgates.
O FMI assegura que se encontra "plenamente operacional" nas mãos do "número dois" da organização, o americano John Lipsky, que anunciou na quinta-feira passada que deixará seu cargo em agosto no fim de seu mandato. A diretora-gerente adjunta, Nemat Shafik, também participa da reunião de Bruxelas.
O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, criticou duramente as autoridades da Grécia por seus poucos progressos na hora de aplicar as drásticas reformas que o país precisa para superar sua crise.
Rehn se referiu também ao resgate português e exigiu da Alemanha que apoie sem reservas o pacote de ajudas de 78 bilhões de euros para Portugal.
O apoio com condições da Finlândia na sexta-feira passada ao resgate português eliminou o principal empecilho para sua aprovação, o que faz esperar que os ministros darão hoje seu sinal verde definitivo e o plano será aprovado oficialmente na terça-feira na reunião de titulares de Economia e Finanças da UE.
Além disso, os ministros darão seu sinal verde ao desembolso da próxima parcela de ajuda à República da Irlanda e debaterão o pedido formulado pelo país para reduzir os juros que paga por seu resgate, embora seja difícil que esta possibilidade prospere perante a oposição mantida pela França. EFE