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R.Unido pede à França que baixe o tom de comentários sobre economia britânica

Publicado 16.12.2011, 21:00

Londres, 16 dez (EFE).- O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, pediu nesta sexta-feira ao governo francês que "baixe o tom" da recente série de comentários críticos sobre a situação econômica do Reino Unido.

Clegg classificou como "simplesmente inaceitável" que a França tenha colocado em dúvida a situação da economia britânica, ao sugerir que a nota da dívida do Reino Unido deveria ser rebaixada antes da francesa.

Os comentários do vice-líder do governo britânico eram uma resposta às declarações do ministro da Economia francês, François Baroin, que considerou "muito preocupante" a situação econômica do Reino Unido e afirmou que a francesa é melhor.

Baroin disse não entender por que as agências de classificação de risco ameaçam Paris, e não Londres. Essas críticas foram feitas um dia após o presidente do Banco da França, Christian Noyer, considerar injustas as ameaças das agências contra Paris, enquanto Londres.

"A degradação (da França) não me parece justificada em vista de seus alicerces econômicos. Se não, deveriam começar por degradar o Reino Unido, que tem mais déficit, a mesma dívida, mais inflação, menos crescimento do que nós e um crédito que afunda", declarou Noyer ao jornal "Le Télégramme".

Durante uma conversa por telefone, o primeiro-ministro francês, François Fillon, explicou nesta sexta-feira a Clegg que não era sua intenção pôr em dúvida a capacidade creditícia do Reino Unido, mas criticar as agências de classificação parecem mais focadas nas políticas econômicas do que nos níveis de déficit.

Segundo um porta-voz do vice-primeiro-ministro britânico, Clegg aceitou as desculpas, mas chamou esses comentários de "inaceitáveis" e pediu medidas para baixar o tom.

As tensões entre França e Reino Unido ocorrem dias após o governo britânico rejeitar o novo tratado da União Europeia, algo que incomodou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que chamou o primeiro-ministro do Reino Unido de "criança obstinada", segundo a revista "Le Canard Enchaîné". EFE

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