Investing.com - O petróleo fechou na mínima de sete meses nesta terça-feira com a preocupação do excesso de oferta global ofuscando as expectativas por redução nos estoques dos EUA.
Em Nova York, o contrato futuro para entrega em agosto cedeu 2,2% para fechar a US$ 43,23 o barril, enquanto o Brent, em Londres, perdeu 1,9% e encerrou a US$ 46,01 o barril.
O sentimento em relação ao petróleo segue negativo pela segunda sessão consecutiva com os investidores duvidando de que os esforços da Opep e seus parceiros serão capazes de reequilibrar a relação entre oferta e demanda no mercado global, com o aumento da produção.
Mesmo com o cumprimento de 108% da meta de redução da extração em maio na Opep, o aumento de produção da Nigéria e da Líbia aumentaram a sobreoferta. Os países estão isentos de cumprir o acordo do cartel.
A Líbia está produzindo 902 mil barris/dia, segundo representante da estatal do país National Oil Corp. É a maior oferta da companhia em quatro anos.
Enquanto isso, as exportações da Nigéria do barril Bonny Light devem atingir 226 mil barris em agosto, contra os 164 mil barris em julho, de acordo com o planejamento do país.
Em maio, a Opep e grandes exportadores, com a Rússia, estenderam por nove meses o acordo de novembro de 2016 de retirar do mercado 1,8 milhão de barris por dia.
A expectativa é que a agência de energia dos EUA mostre uma queda de 2,1 milhões de barris nos estoques do país em relatório semanal que será publicado amanhã às 11h30.
Petrobras (SA:PETR4) em baixa
A queda nos preços do petróleo derrubou a cotação da Petrobras, que se encaminha para fechar a sessão com perdas de mais de 3%. Na mínima do dia, o ativo tocou nos R$ 11,76, menor valor desde agosto de 2016.